AD10S Diego
22 de Junho de 1986, Estádio Azteca. O relógio marca 13h12 no México. Em Buenos Aires o relógio marca mais 3h. Mais 6h em Londres e Lisboa. Argentina e Inglaterra jogavam por uma vaga nas meias finais do Mundial do México.
A Argentina já vence por 1-0, com o golo da Mão de Deus. Um ultraje.
55m de jogo, os argentinos recuperam a bola no seu meio campo defensivo. Hector Enrique, el Negro, passa bola a Maradona, que a recebe de costas para a baliza inglesa.
Terry Butcher calca-lhe os calcanhares, Hoddle não abre a linha de passe para Buruchaga. Maradona, ainda no seu meio campo, vira-se para o seu alvo. Terry Fenwick perdido, Reid e Beardsley são imponentes para travar o génio. Falta o gigante Peter.
Shilton, com o seu cabelo encaracolado, cai para o seu lado direito, a bola para o lado esquerdo. Bem como Maradona. Depois disto, foi passar a bola para o fundo da baliza.
Maradona encara e deita por terra “meia” Inglaterra. Pouco mais que parados, os argentinos sorriam, incrédulos. No coliseu mexicano, 114 mil bocas abertas e de mãos na cabeça.
11 segundos, 55 metros, 12 toques na bola, sempre com o seu pé esquerdo.
O golo do Século, de uma vida, de um génio.
A Argentina vence por 2-1 a Inglaterra. Três dias depois vence a Bélgica nas meias finais, e no dia 29 de Junho, vence a final contra a Alemanha por 3-2. Diego “carregou” a sua seleção para o título mundial.
34 anos depois, Maradona despede-se. Partiu para levar a mão a Deus. Deixa o seu legado, a sua história, a sua lenda. O mundo do futebol, e não só, chora a perda de um dos seus maiores interpretes, para muitos o melhor.
Obrigado Diego. AD10S Lenda.
“¡Siempre Maradona! ¡Genio! ¡Genio! ¡Genio! Ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta… Gooooool… Gooooool… ¡Quiero llorar! ¡Dios Santo, viva el fútbol! ¡Golaaazooo! ¡Diegoooool! ¡Maradona! Es para llorar, perdónenme…“