Novembro 28, 2023

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Appleton vê saída de Bertrank como consequência do sucesso dos Lobos

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O capitão da seleção portuguesa de rugby, Tomás Appleton, comentou esta terça-feira a saída inesperada do selecionador nacional Sébastien Bertrank, um mês após a sua apresentação. Em declarações exclusivas à agência Lusa, Tomás Appleton desvalorizou a mudança de treinador, destacando-a como um sinal positivo do crescimento da modalidade em Portugal.

“Não digo que seja um tiro no pé, nem que seja mau planeamento. O Mundial acabou há pouco tempo, não se sabiam os resultados que íamos ter e as solicitações para a seleção portuguesa têm sido muitas. Não era esperado, mas tem de ser algo bom”, afirmou o jogador à margem da Web Summit, em Lisboa.

Tomás Appleton, que partilhou o palco com a atleta Patrícia Mamona durante a cimeira tecnológica, enalteceu a performance da seleção portuguesa no último Campeonato do Mundo, destacando a vitória histórica contra as Fiji. A saída de Bertrank, segundo o capitão, é atribuída ao aumento da exigência do cargo após os impressionantes resultados alcançados.

“Não tinha sido planeado este boom, como não estava planeado que Portugal ganhasse às Fiji e se batesse em todos os jogos do Mundial, nem que jogasse tão bem como jogou. Estamos bem, estamos focados”, sublinhou Appleton, indicando que a equipa já está concentrada na preparação para a próxima janela internacional, em fevereiro e março.

“Conseguimos um excelente resultado no Mundial sem ser profissional, mas, a verdade é que não dá para sempre. Portanto, o profissionalismo é um caminho”, alertou o capitão, que além de desportista, é também dentista.

No entanto, Appleton salientou que o caminho para o profissionalismo não deve depender apenas da Federação Portuguesa de Rugby (FPR), mas também da adesão e estrutura dos clubes. O campeonato português é atualmente semiprofissional, e os Lusitanos representam um passo importante na profissionalização do rugby nacional.

“Eu acredito que vai andar um bocadinho de mãos dadas. Os clubes vão ter de acompanhar e ter estrutura para este profissionalismo”, concluiu Appleton, lançando o desafio para que o crescimento da modalidade seja uma responsabilidade partilhada entre a federação e os clubes.

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