Final do rugby nacional: Cascais e Direito lutam pelo título depois de décadas
2 min readNo próximo sábado, às 16 horas, no CAR do Jamor, campo A, Cascais e Direito, finalistas da Divisão de Honra Top-10, 1.º e 2.º classificados na fase regular, tendo afastado nas meias-finais Agronomia e Benfica, reencontram-se com a história, da longínqua à recente, e tentam recuperar, para o palmarés de cada qual, o mais importante troféu do rugby nacional, 27 e 7 anos depois, respetivamente.
Na 63.ª edição do campeonato nacional, duas décadas separam a última vez em que cada uma das equipas foi campeã nacional.
Em 1996, o XV da Linha finalizou uma série de cinco título consecutivos, no total de seis conquistados na sua história. Por sua vez, em 2016, os advogados ergueram a derradeira placa de campeão nacional (11.ª), tendo sido vice-campeões nas duas últimas edições.
«Os jogadores aceitaram o meu modelo de jogo, trabalharam, acreditaram e o resultado é que estamos na final», adiantou Enrique Pichot, treinador do Direito.
«A base do êxito são os jogadores, são bons amigos», destacou. Considera o Cascais «favorito», equipa que esta temporada venceu os advogados em três encontros (campeonato e Taça de Portugal).
«Terminou em 1.º lugar e foi a melhor equipa», notou, na antevisão da inédita final no modelo competitivo vigente.
Frederico Sousa, do Cascais, devolveu o favoritismo ao Direito. «Pelos pergaminhos, número de troféus e jogadores internacionais, habituados a este tipo experiências», justificou. «Vai ser um jogo distinto, os três jogos anteriores não me dão pontos extras e começamos todos de igual», disse, desvalorizando as três vitórias na temporada.
«Estamos [na final] por mérito próprio e porque merecemos. Não há que haver pressão, a pressão é algo de bom e não de mau», finalizou.
Para Frederico Sousa, treinador do Cascais, será a sexta final na carreira a partir do banco. Venceu três, duas pelo Direito (duas finais) e uma pela Agronomia, em três jogos que lutou pelo título, e pode tornar-se o primeiro treinador campeão por três emblemas.
O argentino Enrique Pichot, ex-treinador do Argentina XV, seleção “B” e antecâmara dos Pumas, no primeiro ano em Portugal fará a estreia numa final, situação bem conhecida do XV que orienta. Os advogados chegam à terceira final consecutiva, tendo perdido frente ao Técnico (2019) e Belenenses (2021).